''Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim,
os que estão enfermos'';
Hoje
em dia, há uma dificuldade muito grande dos homens (masculino) irem ao médico.
Até propaganda, neste sentido, o pessoal da saúde anda fazendo. As mulheres vão
ao médico em muito maior número e muito mais vezes e, por causa disto, estão se
prevenindo de doenças e vivendo mais. Os homens só vão quando a crise aperta e
a dor fica insuportável. Procura o médico quem se vê doente ou com
possibilidades reais de ficar doente. No texto de Lucas 5.27-32, aprendemos que
as pessoas que se achegam a Jesus Cristo são aquelas que se acham ruins, não
aquelas que se acham boas. Estranho, não é?
Jesus
foi na coletoria de impostos de Cafarnaum e viu um publicano (coletor de
impostos, fiscal) ali (v. 27). Os publicanos eram pessoas odiadas pelos
israelitas e havia motivo para isto: naquela época, Israel era dominado pelo
Império Romano. Para o povo de Israel, isto era uma vergonha e humilhação sem
fim pois eles se julgavam o povo escolhido por Deus. Esses romanos cobravam
pesados impostos de pessoas pobres. Quem arrecadava estes impostos eram os
publicanos. Publicanos eram israelitas que firmavam um contrato com o Império
Romano. A grande maioria deles era desonesta. Além de arrecadar o que o Império
determinava para si, eles cobravam a mais e este excedente ia para o bolso
deles. Eles eram odiados porque, sendo israelitas, cooperavam com os opressores
e ainda por cima eram ladrões de seu próprio povo. Jesus viu um publicano
trabalhando e disse a ele: “siga-me”. Estranho este Jesus. Ao invés de procurar
gente boa para o seu discipulado, procura um homem desse tipo: mal falado, com
fama de ladrão, traíra! Seria semelhante a você chamar um adolescente que faz
pequenos furtos a frequentar sua casa. Você faria isto? Outra reação
interessante foi a do Levi. Levantou-se, deixou tudo e começou a segui-lo (v.
28). Levi tomou uma decisão difícil. Ele abandonou uma vida financeira muito
boa e toda a sua riqueza. Se seguir a Jesus não desse certo, ele não
conseguiria voltar para a coletoria. Por isso o texto bíblico diz que ele
deixou tudo. É assim que qualquer pessoa torna-se discípulo de Jesus: em seu
coração, ele precisa abrir mão de tudo, mesmo que, na prática, não haja necessidade
de abandonar estas coisas.
Este
homem, odiado e tratado pelos outros como um pária, sentiu-se tão honrado pelo
chamado de Jesus que deu uma grande festa em sua casa (v. 29)! Jesus agora
fazia parte de sua vida, de sua intimidade. Ele fazia questão de mostrar a
todos que era um discípulo de Jesus. Quantas vezes, como discípulos de Jesus,
nós ficamos com vergonha de falar isto numa sala de aula, no trabalho, com um
chefe ou na nossa roda de amigos. Quem estava na festa do publicano Levi? Só
gente ruim como ele: outros publicanos, prostitutas, pessoas desse nível e os
demais discípulos de Jesus que, óbvio, estavam sentindo-se incomodados com
aquela companhia. E Jesus “numa boa” ali.
Os
fariseus e os mestres da Lei, do lado de fora da casa, perguntaram aos
discípulos de Jesus por que eles comiam e bebiam com publicanos e “pecadores”
(gente ruim) (v. 30). Mais uma vez, Jesus desapontava-os. Primeiro, esse
negócio de perdoar pecados. Agora, essa atitude de entrar e comer com gente
pecadora. Era demais. O corajoso Jesus responde-lhes dizendo que os sãos não
precisam de médico e sim os doentes (v. 31). Só aqueles que se veem doentes
procuram ajuda. Quem se vê bom, por que precisaria de ajuda?
Jesus
então diz uma frase espetacular: “eu não vim chamar justos, mas pecadores ao
arrependimento” (v. 32). Analise comigo esta frase. Primeiro: a missão de Jesus
não é chamar justos. Aqui há uma ironia da parte de Jesus. Ele sabia que “não
há justo, nem um sequer” aos olhos de Deus (Romanos 3.10). O que há são pessoas
que se julgam justas. Preste atenção: enquanto uma pessoa se julgar boa e
meritória, nunca, jamais, em tempo algum, se encontrará com Jesus! Segundo:
Jesus veio chamar pecadores. Ele veio chamar para a salvação pessoas que se
consideram más, frustradas consigo próprias, pecadoras, erradas e fracas. Só os
que se veem assim, terão condições de se encontrar com Jesus e ser salvas.
Terceiro: chamar pecadores ao arrependimento. Jesus não veio passar a mão na
cabeça de ninguém e dizer: “coitadinho de você, vou te dar uma mãozinha”. Não!
Jesus veio para fazer mudança radical de vida, como fez com Levi. Esta mudança
começa com o arrependimento: eu largo a velha vida marcada por pecados, vícios,
autocomiseração, ganância, orgulho, egoísmo e passo, pelo perdão de Jesus, a
viver uma nova vida baseada no amor, no autodomínio, nos valores de Deus. Isto
é a cura para a vida e o que todos nós procuramos.
Hoje,
Jesus chama você ao arrependimento. A se ver como mau, indigno e pecador mas a
tomar uma posição e se entregar ao Senhor, deixando tudo e seguindo todos os
seus mandamentos. Ele veio para transformar pecadores em justificados diante de
Deus. Essa é a cura. Essa é a vida.
Fonte:http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=25&Itemid=43&limitstart=16
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