Braço Estendido

Êxodo 6.1-8 

“Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou Jeová; eu vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, livrar-vos-ei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos”.

As expressões “Olhos do Senhor”, “Mão do Senhor”, seu “Braço estendido” e outras, são figuras de linguagem (antropomorfismos) que os autores sacros usaram na tentativa de entender a natureza e o modo de agir de Deus. O leitor sabe que “Deus é Espírito” e que, portanto, não possui olhos nem mão, braço ou ouvido físicos. É interessante o contraste assinalado no salmo 115. As estátuas nas quais os idólatras tanto confiam têm olhos, mas não veem, têm boca, mas não falam, têm mãos, mas nada seguram, têm orelhas bem torneadas, mas não escutam nem louvores nem blasfêmias. O nosso Deus, ao contrário, não tem olhos físicos, mas vê o aflito na sua aflição, não tem ouvido humano, mas escuta nossos gemidos de dor e nossos louvores (Ex 3.7), não tem boca, mas fala e seus conselhos trazem vida (Sl 119.50), não tem mão física, mas “do pó levanta o pequeno e do monturo ergue o necessitado” (Sl 113.7).Aqui Deus promete estender seu braço poderoso para libertar os filhos de Israel. O braço do nosso onipotente Deus jamais está encolhido, mas estará sempre estendido para nos libertar, seja o que for que nos esteja oprimindo (Is 59.1).